domingo, 31 de agosto de 2014

De noite,de dia

Um poema,uma poesia
Se é noite,se é dia.
Tanto faz,tanto faria.
Não sei porquê gosto de rimar.
É nesse ritmo,que faço
traço e me embaraço.
O Humberto falou e tá falado,
da vida ser confusa quanto à américa central.
Se a gente fosse o tal,e não se perdesse nesse escambau.

Fico pensando,entrando em conflito comigo.
Canso de falar e não ser ouvido.
Tento,calo a boca e tento novamente,
 a vida é essa dor de dente,
sem espaço para descansar,
Apenas inovar,apresentar.

Não é ou não era,opa pera.
Me veio algo à mente,
não sei,o que se sente
quando a mudança é permanente.
Isso aqui,tá sem sentido,
sem nenhum jeito felino,
digo,insisto e repito,
ninguém se importa,ninguém quer abrir uma porta,
estão mais preocupados,em te ver do lado de fora,
quando cansarem vão embora...

domingo, 10 de agosto de 2014

A lua cheia sempre teve esse lado místico,a beleza,num céu noturno,se transpondo sobre estrelas,despertando a admiração.
Associei as fases da lua com o ser humano,e deu nisso:
Ninguém vai te dar moral,quando decidir recomeçar outro ciclo (lua nova),e por acaso estiver passando por apuros,tentando se reconstruir (lua quarto crescente),poucos irão lhe oferecer ajuda,continuar sua caminhada em busca de realizar seu sonho e se por ventura alcançar sua meta (lua cheia),tenha sempre a consciência de que se acomodar,e achar que se é soberano sobre o tempo,o amanhã pode mudar tudo
 (lua quarto minguante)...

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Uma janela.





Já repararam como a luz da noite deixa a pele branca mais brilhante? Deve ser a lua.
Com ela era assim. Ela brilhava.
A pele suava e o longo cabelo que ficava úmido começava a se enrolar.
Era sensualidade saindo pelos poros. Beleza ímpar.
Sem pudor.

- Eu gosto daqui.
- É legal, né?
- Eu poderia ficar deitada aqui por dias.
- Eu passo bem pouco tempo aqui. Não tem nada que me atrai além do sofá.
- Aposto que tu já trouxeste muita gente aqui.
- Os amigos.

Afastei-me um pouco para observar. A paisagem daria uma bela pintura. Vênus aberta no sofá com a maquiagem borrada, cabelo grudado, o sangue fervendo em marcas na pele, e mais acima, a lua espiando entre as barras da janela.

- Eu gosto do que tu escreves, devia tentar com mais frequência.
- Não dá.
- Como assim?
- Eu escrevo quando as coisas apertam.
- Como assim?
- É meio óbvio. Se estiver ruim, eu desabafo.
- Justo.
- Vem cá.
- Vou.

Aquela noite eu entendi um pouco como as coisas funcionavam. Um pouco.

Dias depois ela voltou a escrever.

Semanas depois não nos falamos mais.


Apenas domingo. 
Se gostar, me ligue. 


domingo, 3 de agosto de 2014

Queda livre.



- Me segura
- O que?
- To caindo.
- Calma.
- Não dá.
- Foi.
- Para.
- Desculpa.
- Por que tu faz isso?
- Isso o que?
- Essas brincadeiras, tu me assusta.
- Foi mal, é coisa minha.
- Eu não gosto, não tem como acreditar em ti.
- Não é bem assim, tu sabe que a sinceridade sempre foi maior.
...
- Sabe?
- É eu sei.
- Então?
- Eu não sei se posso acreditar em ti.
- Não me fode.
- Quê?
- Eu não tenho motivos pra te mentir, tu sabes. Para. Deixa de ser boba.

- Me segura
- O que?
- To caindo.




Apenas domingo. 
Se gostar, me ligue.