domingo, 21 de setembro de 2014

Nem...

Nem um riso,nem um choro,
nem muito,nem pouco.
Nem nada,nem tudo,nem talvez
Nem dia,nem semana,nem mês.

Viver é essa mania de querer,nunca ter noção do que podemos,conforme crescemos,vamos podando os sonhos da árvore chamada vida,fazendo merda,adubando,e nem sempre iremos comer o fruto,varrer as folhas,perdemos muito tempo em não aceitar o que temos em mãos,não fazemos absolutamente nada,para transmutar,abraçar um novo plano,uma nova jornada,queremos porquê queremos e ponto.
Gastar energia,tempo em objetivos traçados na areia,que o vento apaga,esquecemos da lógica,da razão,desde sempre ouvimos e absorvemos que temos que lutar para realizar nossos sonhos,procurar por dias melhores,quando a solução está embaixo de nossos olhos o tempo todo.

O cúmulo da teimosia:Falar sozinho e não se ouvir.

Cada hábito que trago comigo,
É um desânimo amigo,um vício antigo.
Um violão sem corda,que não acorda ninguém.
Um gole de água,uma respiração profunda
Uma semana sem segunda.

Já sei que posso sofrer,perder,retroceder.

 
Vivemos tempos difíceis,pessoas entraram numa disputa pra ver quem tem o maior problema,e cada um defendendo o seu.
Perder tempo valorizando a fase ruim ou ganhar tempo achando uma solução,dá nisso,não termos a opção "todas as alternativas,citadas acima",sim e não,esquecemos do poder de um talvez.
Se for pra opinar,opine na sua vida,quem sabe pode ajudar alguém com mais utilidade.
Se for pra criticar,critique você mesmo,quem sabe,o que te incomoda nos outros,era um ponto de vista errado que se tinha.
Se for pra mandar alguém à merda,mande você mesmo,assim pensará bem antes de proferir tal sentença...

sábado, 20 de setembro de 2014

Viagem.



Olhei para o relógio, ele marcava 22h45.
Como de costume entrei e procurei dois lugares. Sentei, coloquei os fones e o capuz, e então pousei a mochila no banco que estava vazio.
Passamos alguns postes em alta velocidade.
- Oi. Sou eu.
Percebi nele um olhar perdido, triste. A cabeça imóvel pousada sobre o ombro.
- Tudo bem?
- Sinceridade? Não.
- Quer falar?
- Talvez. Eu poderia falar por horas.
- Eu estou aqui. Sempre que precisar só precisa me chamar.
- Obrigado, é o que me resta.
Ao nosso redor alguém trocava mensagens com o namorado, ou discutia sobre como foi o ótimo final de semana. Entre nós, só silêncio.
- Obrigado, tenho me sentido mais sozinho do que nunca. Falta de um abraço, um empurrão, ou uma mão. Estou perdido. Meu trabalho tá muito ruim, me falta coragem para mudar. Sinto que não vou conseguir
- A tua mudança tá ai dentro, só tu pode dar o passo e amadurecer isso.
- É eu sei.
- Ai dentro.
- Aqui dentro.
Uma dor imensa apareceu no meu peito, eu sabia exatamente o que ele estava passando.
Naquele momento ele encostou a cabeça no vidro, e pelo reflexo, percebi uma lágrima escapar pelo canto do olho. Senti um homem desmanchar.
Luzes acenderam, e então, peguei minha mochila do banco vazio e segui para o carro.

Agora não estou mais ali.
Estou aqui, escrevendo uma pequena história sobre algo que está fora do meu alcance, e que talvez seja, incompreensível para vocês.

domingo, 14 de setembro de 2014

É,tu vê né...

O ser humano tentando humano ser,
e sem perceber,se entender,
leva tudo ao seu redor para o abismo.
Nada disso,daquilo,muito menos de infinito.
Todos querem,todos abrem mão,
de voar,sem tirar o pé do chão.
Não quero nada desse jeito,
esperar deitado em meu leito.
Quero uma nova era começando,
um,dois,ou todos problemas afundando,
que tenha força para aguentar,ultrapassar
toda dor,ardor de uma vida sem sal.
Sob pressão,que as coisas se ajeitam,
que o sol e chuva o céu enfeitam.


Outro verso incerto,de um modo certo
Nenhum objetivo por perto...