sexta-feira, 13 de março de 2015

Nascendo aos 26

      Digo-lhes: lá vem o homem nascente! Que até seus 26, insistia em ser um mero adolescente. Embebedado no álcool, sem vida regrada, mal escovava os dentes. Seu emprego supria as necessidades aparentes: Bebiba, comida, transporte e um sorriso tão pouco convincente. Vivia um dia após o outro, sem ter o futuro em mente. Mas há peças na vida que lhe são convenientes; Perdeu casa e emprego, sobrecarregou pessoas, brigou sem motivos, fazendo-o ruir ferozmente. Agora repito: nasce um homem! Um tanto preocupado e mais convincente. Seus objetivos são outros, são futuros, são mundanos, como qualquer outro ser humano tem em mente.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Top 5 - Cenas emocionantes em séries

Para quem ainda não sabe sou um aficionado por séries desde que me conheço por gente. E, para completar, sou um eterno chorão. Me emociono fácil mesmo e tenho uma lista enorme de cenas que marcaram minha vida, iniciando com a série “Full House” há mais de 10 anos atrás, no SBT e com Digimon na TV Globinho (assistido novamente há poucos meses e ainda tendo que me reidratar após tanto chorar).
Faz tempo que não escrevo por aqui e estou disposto a voltar. Nada melhor do que voltar escrevendo sobre algo que amo. Então, vamos lá!
Decidi fazer um top 5 (com 2 bônus, claro) das cenas que mais me emocionaram e marcaram nesses últimos tempos. Vale lembrar que é um top 5, logo, alguma coisa linda ficará de fora. Mas não é o objetivo do post contemplar todas e sim as que mais me marcaram nessas últimas temporadas.

Nem preciso dizer que esse post estará recheado de spoilers, né?

ARROW - Season 2 - Episode 20 - "Seeing Red"



Vamos começar com a cena mais emocionante, na minha opinião, da série Arrow. Além de ter me pego de surpresa, tendo que voltar a cena logo em seguida, ela aconteceu no fim de uma temporada tensa, onde o ódio pelo antagonista estava grande e depois dessa cena atingiu um novo patamar de “quero matar esse bosta” na escala Richter. Lembro perfeitamente de ir levantando da cama a cada frame dessa cena e da terrível agonia.
Moira é um personagem que divide sentimentos. Ela cometeu seus erros, isso é inegável. Viu seus filhos (e maridos) se afastarem em função de suas mentiras, que, mesmo com a intenção de protege-los, acabou tendo efeito contrário. Mas é inegável que ela os amou até o último minuto. Até seu sacrifício final.
Em uma reviravolta espetacular desse episódio, vemos Slade levando Moira e seus filhos para uma floresta. Slade está decidido em se vingar do Arqueiro fazendo ele escolher entre a vida de sua irmã ou de sua mãe. Moira, corajosa, toma partido e a decisão pelo filho e o que vemos é uma cena forte em que Slade coloca, quase que gentilmente, sua katana no coração da mãe do Arqueiro. O que vem em seguida é o choro inconsolável de Thea, o olhar desesperador de Oliver seguido de um desmaio que faz nosso estômago revirar, um ódio mortal pelo filho da cadela de Slade e uma agonia sem igual de ver Oliver incapaz de revidar (maldito Mirakuru). Tudo isso embalado por um flashback de fazer o coração partir ao meio. Palmas para a forma como a cena foi filmada, pelas atuações e para a trilha sonora. Sem dúvidas uma cena muito marcante e difícil de digerir.

THE WALKING DEAD - Season 2 - Episode 7 - "Pretty Much Dead Already"


The Walking Dead é uma série filha da puta, sem dúvidas. A gente ama essa cadela, nos bons e nos péssimos momentos. Sem dúvida, as primeiras temporadas são as melhores pois estamos sendo apresentados ao grupo ainda, reconhecendo a porra toda, conhecendo nossos “heróis”, nos apegando em personagens que podem não durar nem mais 2 minutos. Aliás, depois de Game Of Thrones, essa é a série mais terrível de se apegar em personagens.
Temos várias cenas que contemplam o chororô dessa série, mas nenhuma é mais marcante do que a primeira que nos impactou profundamente. Aquela em que finalmente descobrimos o paradeiro da Sophie, filha de Carol. Foram vários episódios tensos, de busca e especulação em querer saber onde estava a porra da guria. A descoberta foi embalada em uma trama densa, em que por mais que suspeitávamos do paradeiro dela, naquele momento, ninguém ousaria, de fato, apostar que seria aquele. Enfim, depois de muitas brigas, o celeiro de Hershel é aberto para matar os “walkers” que estavam secretamente lá, mas quem sai de lá também é a pequena Sophie. Morta. Quer dizer, morta-viva. Quem diria que ela estaria lá esse tempo todo. É difícil de assistir crianças zumbis na telona, ainda mais quando é filha de uma personagem fraca (naquele momento) e que faz nossa empatia explodir. A cena é devastadora. O choro de Carol é simplesmente horrível. Todos surpresos e incapazes de tomar o próximo passo. Tudo isso enquanto a Zombie Sophie caminha em direção a eles embalada por uma trilha melancólica. Sobra paro o Rick tomar o partido de líder e matar de vez a queridinha e única amiguinha de Carl. Cena marcante, triste e chocante. Reveladora também, pois a partir daí começamos a ter uma ideia até onde The Walking Dead poderia chegar, uma vez que matar criancinhas é algo difícil de digerir (com toda a razão, né?) e eles conseguem fazer isso com maestria.

THE WALKING DEAD - Season 3 - Episode 4 - "Killer Within"



Seguindo o baile dos mortos vivos, puta que pariu que cena foda. Só de lembrar dela já me emociono. The Walking Dead merece um post especial só de cenas marcantes, mas não é esse o propósito agora. Essa cena, para mim, é a mais emocionante da série. Muito por culpa da perfeita atuação de Rick, digna de prêmio, eu diria (parabéns Lincoln, tu me ganhou depois dessa).
A prisão estava indo pro beleléu. Pessoas desaparecendo, geral se fudendo e algumas morrendo. Lori grávida, tem seu último momento de super inconveniência da série e dá a luz a Judith recebendo ajuda de Maggie e seu filho Carl na prisão em pleno ataque zumbístico. Ela morre no parto e Carl é forçado a atirar na cabeça da própria mãe, sendo depois devorada por zumbis. Lori era uma pé no saco, mas porra, ninguém desejaria isso para ela. Eu poderia parar por aí, pois o choro já tinha me consumido, mas a porra fica tensa depois. Quando eles conseguem conter a invasão orquestrada pelo Governador e Rick vê Maggie saindo com sua filha pela porta acompanhada pelo (ainda) pequeno Carl. Ele, emocionado pelo nascimento da criança, pergunta pela mulher e o que recebe é o gesto mais sutil  e devastador indicando que ela está morta. Rick pira, tenta consolar Carl, descaradamente em choque, mas não consegue. Chora. Grita. Cai no chão. Deixa todos sem reação e a cena termina com um fade to black embalado aos choros de Rick. Cara, to arrepiado só de escrever isso. Que cena. Que atuação. Que maestria. Um dos melhores momentos da série, eu diria.

CASTLE - Season 4 - Episode 23 - "Always"



Eu amo Castle, quem me conhece um pouco mais sabe disso. Debulhei 6 temporadas em um mês e entrei em crise de abstinência forte esperando pela 7ª temporada. Casal Castle e Backett (ou Caskett para os íntimos) me conquistou de vez. Que mané Brangelina, o lance é Caskett e ponto. A química dos atores é sensacional. Se entendem só pelo olhar. Confesso que foi difícil acompanhar a trajetória deles até se tornarem, de fato, um casal. Mas também, porra! 4 temporadas inteiras de rolinho, indiretas, ciuminho e climinha? Tudo bem que a gente adorava aquilo, mas nossos corações ficavam apertados com o “até quando, porra?”. Mas o season finale da quarta temporada surgiu para nos deixar aliviados, cheios de amor e emocionados com o episódio que leva o nome da uma palavra cheia de significados para o casal “Always”. Episódio esse, focado na detetive e na resolução do caso da morte de sua mãe e temos de tudo nele, Caskett em clima de romance combinando filminho juntos mais tarde (hmm), descobertas tensas, confronto dos – até então – parceiros, Castle abrindo seu coração no “I love you” mais bonitinho da história, eles brigando, um baita discurso de formatura de Alexis, Beckett quase morrendo pendurada no parapeito de um prédio e gritando aos quatro ventos por Castle e percebendo o quanto só ele importa na vida dela e a cena mais esperada do universo: a porra do beijo deles. E que, por sinal, já vão pra cama. A cena é perfeita. Tu chora, ri e se arrepia ao mesmo tempo. É bem difícil de descrevê-la. As músicas escolhidas para embalar o momento são perfeitas, misturando um tom sexy com com romance e ecstasy num “finalmente” que durou 4 temporadas/anos para acontecer. É o momento da série. Nem a cena em que eles quase morrem congelados juntos, ou que ela leva um tiro no peito e ele fala que a ama quase morrendo em seus braços, nem quando Alexis é sequestrada ou Montgomery morre para salvar Beckett superam essa cena. Enfim, eles estão juntos. Enfim, são um casal. Enfim, respiramos aliviados.

Trilhas:
https://www.youtube.com/watch?v=q0KZuZF01FA

https://www.youtube.com/watch?v=tAY7kHz0-xo


THE VAMPIRE DIARIES - Season 6 - Episode 5 - "The World Has Turned and Left Me Here”


Esse é o episódio que me inspirou a escrever esse post. Assisti essa cena 1 dia antes de escrever isso e ainda estou sensibilizado.
Antes de mais nada, sim, eu assisto de The Vampire Diaries. E sim, apesar dos altos e baixos, eu amo essa série. Fazia parte dos que julgavam e tiravam quem assistia até que deixei meu preconceito babaca de lado e, quase sem querer, comecei a acompanhar e hoje não consigo viver sem.
Quem acompanha a série sabe que ela é recheada de momentos tristes e marcantes. Também precisaria de um post gigante pra contemplar todas essas cenas, seja de personagens que morreram ou que voltaram pra vida, ou cenas de afeto e declarações perfeitas de amor. Aliás, quem acompanha, sabe que, apesar do que os cartazes indicam, a série não gira em torno do triângulo amoroso dos principais atores, ou pelo menos não é a coisa mais amável da série. O grande diferencial dela para outras séries vampíricas é a relação sem igual dos irmãos Salvatore. Uma relação difícil, repleta de momentos de ódio, mágoa e amor. Damon fez de tudo para Stefan já. Namorar sua ex namorada, acredite, é o de menos. Depois de vermos o amadurecimento do personagem e a trajetória do seu caminho para o bem, ele morre no final da quinta temporada, junto com Bonnie. Choramos. Ficamos tensos. Quase quebramos a porra toda da nossa casa inconsolados. Mas calma aí que não é essa cena desse post. Era certo que ele iria voltar para a próxima temporada, só não sabíamos como. Afinal, The Vampire Diaries pode surpreender pra caralho nas season finalles, mas matar definitivamente um dos principais atores, se não o principal, seria um tiro no pé. E foi no quinto episódio da sexta temporada que descobrimos como ele voltaria. Eles estavam num estado de "purgatório" e, através da magia, Bonnie, mais uma vez, se sacrifica enviando Damon para a vida novamente. Sua morte causou efeito devastador nos personagens, seja em Elena, Rick e principalmente em Stefan. E é quando ele mesmo, Stefan, está no porão de sua casa, bebendo um whisky e falando sozinho, dizendo o quanto ele não está legal, o quanto sente falta do irmão e puto da cara joga a garrafa em direção a parede. Ficamos estupefatos com a supresa de que Damon surge para pegar a garrafa e surpreende o irmão com um costumeiro comentário irônico, seguido de um devastador  “I’m back brother”. A atuação de Paul Wesley é sensacional fazendo um Stefan boquiaberto, sem reação e com lágrima nos olhos. Stefan apertando o braço de Damon para saber se aquilo era real e enfim abraçando o irmão e chorando compulsivamente é demais. Nós sentimos aquele abraço. O que torna mais emocionante é que ainda estávamos sensibilizados pela morte de Bonnie, uma das personagens mais queridas da história. Enfim The Vampire Diaries sendo The Vampire Diaries em um momento de afeto que mostra que, por mais que Damon tenha sido ruim no passado, matado parte de sua família, a melhor amiga do irmão e mais metade do elenco da série, por mais que ele tenha atazanado a vida de Stefan e namorado sua ex-namorada, a irmandade deles é o ponto mais forte da série. Nada importa se não dividirem a eternidade juntos. Que cena. Que momento. Melhor bromance da história.

Trilha:
https://www.youtube.com/watch?v=lAwYodrBr2Q

BONUS 1

Vou me permitir adicionar 2 bônus de 2 séries que já foram finalizadas, porque são cenas perfeitas e merecem estar nesse post.

SMALLVILLE - Season 5 - Episode 13 - “Vengeance"



Smallville ao longo de 10 temporadas encheu o saco, concordo. A série se perdeu e desgastou o que tinha de bom, concordo também. Mas não podemos negar que ela é recheada de momentos emocionantes nas primeiras temporadas. Abusando da trilha sonora teen melancólica e depressiva, o relacionamento do Superboy com sua família e amigos nos brinda com momentos tensos e dramáticos. A cena que, com certeza, mais marcou minha vida, acontece no episódio 101. Jonathan Kent morre no centésimo episódio da série e só isso nos faria desabar por completo, mas não desabamos. Não ainda. Nos mantemos forte. Isso até o centésimo primeiro episódio em que nosso escudo emocional cai por terra por apenas um motivo: o homem de aço chora desesperadamente nos braços da mãe. A condução dessa cena é perfeita. Com uma boa trama para descobrir quem roubou o relógio do pai e a busca incansável de Clark num luto inconstante, ainda difícil de digerir. Quando ele chega em casa e Martha está vendo um vídeo caseiro da família, Clark olha admirado para a TV, e é quando vemos Jonathan Kent, mais adorável do que de costume, conversando direto com a câmera, ou seja, direto com Clark, ou seja, direto com nós (amo essa possibilidade que o cinema tem de usar certas técnicas pra falar com a nossa alma). O “adeus” que Jonathan dá para a câmera estremece até o mais duro dos mortais. E Clark Kent, depois de muito esforço para se manter forte, desaba nos braços da mãe com a imagem congelada do pai ao fundo. Perfeito demais. Emocionante demais. E serve de lição para nós que até o homem mais forte do mundo tem um coração e que ele pode ser facilmente dilacerado nas perdas que essa nada mole vida nos proporciona. Ninguém supera a perda de um pai. Nem o Superman.

BONUS 2

LOST - Season 6 - Episode 14 - “The Candidate"


Lost merece um top 50 de cenas emocionantes e fortes. Sério. Muitos amam, muitos odeiam. Eu acho simplesmente perfeita. É a série que mais mexeu com meu emocional, de longe. Ao longo de 6 anos a gente criou uma relação familiar com aqueles personagens. Eles eram nossos amigos. E nós sobreviventes do acidente, assim como eles. Então é lógico que quando muitos começaram a morrer gradualmente num ritmo natural numa série sobre desastre, nossos corações eram despedaçados pouco a pouco. Vou postar a cena que quando assisto, desabo junto porque é uma cena muito intensa, por mais que ninguém apareça morrendo nela. Jin e Sun, o casal dos altos e baixos, enfim, provam seu amor morrendo juntos afogados no submarino (vale lembrar que eles tinham RECÉM se reencontrado depois de uma temporada inteira separados), Jack, Kate, Sawyer e Hurley conseguem sair do submarino e nadar até a praia salvos. Quando Kate pergunta de Jin e Sun para Jack, e ele sinaliza que não conseguiram sair, a gente estremece só com a pausa da trilha sonora. Kate começa a chorar e a gente já se arrepia, Jack olha para baixo e a gente treme, mas é quando Hurley desaba num sonoro e devastador choro é que a gente desaba junto. Jack ainda levanta e vai em direção ao mar numa atuação PERFEITA (aliás, amo as técnicas de atuação que Matthew Fox usa). Cena poderosa, porque nesse mesmo episódio Sayid, Jin e Sun morrem, mas é quando os sobreviventes de 6 longas temporadas se encontram desolados numa praia chorando juntos é que nosso sentimental é desconstruído. Lost tinha esse poder de desconstruir o sentimental dos telespectadores e sempre souberam usar com maestria. Aliás, nosso emocional é o verdadeiro sobrevivente desse espetáculo chamado Lost. Prêmio de melhor atuação para todos nessa cena. E que saudade!

Enfim, se o longo desse post tu se deu ao trabalho de ler e assistir as cenas, muito obrigado. Espero não ter acabado com o teu dia. Mas de fato, cenas assim são perfeitas e todos merecem ter a chance de conferi-las. Se tu te interessou em alguma série que ainda não assistiu aqui, assista. Elas valem a pena. E se tu assistiu todas ou algumas e gostou de reviver essas emoções, fico muito feliz.

:)

Escrito por Vinícius Rodrigues

domingo, 2 de novembro de 2014

Descanse Em Paz...

Dia reservado,para lembrar daqueles que já se foram.
Desde pequenos somos acostumados,ensinados,que palavra "morte" é uma coisa ruim,é o fim de tudo,talvez seja,mas é tudo questão de analisar com mais calma.
Não vou ser hipócrita,tentar passar uma mensagem em que temos que dar risada,festejar a partida de alguém,mas quero propôr um discernimento,ao qual é de minha opinião,ou seja,sabem como é,esse lance,o que é certo para mim,pode ser errado para você,e vice versa.
Ver o pai,mãe,tio,tia,vô,vó,amigo,dentro de um caixão,também conhecido como paletó de madeira,não é das tarefas mais fáceis,do nada,ver alguém,sem o sorriso,sem os movimentos,sem a voz,um ser sem vida,paralisado ali,na nossa frente.
Choramos,gritamos,nos desesperamos,por sermos apresentados ao acaso,à aquilo que não temos respostas certa,o incerto,e temos que nos consolar com alguma explicação,que nos conforte mais,vida após a morte,ou se simplesmente tudo acaba,se existe um outro plano,ou se isso aqui é aquecimento,pra vida de verdade,se voltamos,enfim,é um assunto que engloba,um universo,uma galáxia,e nunca saberemos a verdade.
Acredito,na consciência,que a morte sempre nos rodeia,anda conosco,paira sobre nossa família,nossos amigos,esperando pela hora certa,e nos é o único fato correto,com nosso futuro incerto,esquecemos desse acaso,e o que fazemos? Somos arrogantes,egoístas,ajudamos por interesse,passamos por cima de tudo e de todos por dinheiro,enaltecemos o ter ao invés do ser,discutimos,nos ofendemos,pelos assuntos mais bestas existentes,achamos que estamos vivendo,quando estamos encurtando nossa existência,como diria Cassiano Ricardo:
 
O Relógio

"Diante de coisa tão doida
Conservemo-nos serenos

Cada minuto da vida
Nunca é mais, é sempre menos

Ser é apenas uma face
Do não ser, e não do ser

Desde o instante em que se nasce
Já se começa a morrer."

Assim me despeço,esperando minha hora,pensem com carinho,com amor,naqueles que já partiram,e VALORIZEM quem VERDADEIRAMENTE está contigo,não espere a tal da morte para ter que engolir à seco esse choro,que poderia ter sido o mais belo dos sorrisos...









domingo, 26 de outubro de 2014

Choque...


Você está mexendo em algo que conduz certa corrente elétrica,ou que armazena certa carga,e de repente,num piscar de olhos,é envolvido por uma descarga,seja pequena,média ou grande.
Imediatamente,recobramos os sentidos,ficamos atônitos,com o ocorrido,em seguida,identificamos onde cometemos o erro que desencadeou no acidente.
E na vida real,muda-se apenas os envolvidos,todos os dias somos submetidos à choques,mas de outra natureza,os temidos choques de realidade.
Dependendo do caso,são mais pesados,que os relatados,na primeira estrofe desse texto.
Quando se está na chamada zona de conforto,não sabemos,da densidade,profundidade,intensidade das ações que estamos cometendo,ou em que acarretarão num futuro próximo e incerto,nada é perigoso,nada é irreversível,enfim,tudo se pode,e nada se acontece.
E assim vamos indo,à tranco e barranco,se tropeçando,ora caminhando,ora rastejando,tendo a inconsequência como consequência,e de repente,sem esperar o choque,uma palavra,uma frase,um silêncio,uma atitude,ou uma falta também,somos expostos à essa descarga emocional.
E cabe à você,parar,analisar,recobrar os sentidos,escolher o que fazer,constatar,corrigir,refazer sua rota,ou continuar na tal zona de conforto,não perdendo nada,mas também não ganhando nada...

domingo, 19 de outubro de 2014

Objetivos De Um Plano Pleno Fracassado...

Revirar o quarto,buscar por algo,que não se sabe a serventia que terá,uma música que prolonga meu dia,e aumenta a porcentagem de satisfação de minha alma.
Na maior parte do tempo é isso,escrever e não ler,não ter destino,somente se preocupar com o tempo,executar com rapidez,sem se importar com qualidade.
Somos todos colecionadores de objetivos não alcançados,a culpa surge,e pesa cada vez mais.

Tentei não fazer isso,mas é mais forte que eu:

Linha de raciocínio que não raciocina,
mecanismo que não opina.
Não se atinge uma meta dessa forma,
Canso mas não alcanço pódio algum.

Um porre de sonhos,e uma ressaca de realidade,a depressão nessas e outras linhas é o que me guia,me alça,nisso pelo menos sou bom,e faço bem meu trabalho.Nunca soube lidar com otimismo,acho muito superficial,criar expectativas,para cantar algo,e quando lembro que nem afinado,ou ensaiado estou,caio nesse abismo sem fim,chamado:Eu.

Se me obrigassem à manter pensamentos positivos,certamente,fracassaria,nessa função,não quero emanar,nem passar imagem de algo que não sou,me deleito no mais insano,e ousado devaneio,que possa me confortar,repousar o mais calejado ser,chuva com sol,sol com chuva,sol com sol e nada de anoitecer,por horas,por dias,me perco nessa mania.

Quero e não quero mais,ouso sem ousar.
Nem me arrisco à pensar,ser de outro jeito.
Falo de mim,pra mim,e tu? Falas de ti?

Sem nexo,sem ordem,um plano pleno,do plano fracassado,sem nada à ser almejado...


domingo, 5 de outubro de 2014

É e Era...

Era pra sorrir,acabo chorando.
Era pra escrever,acabo apagando.
Era pra comer,acabo dormindo.
Era pra dormir,acabo acordado.
Era pra curtir o dia,acabo abraçando a madrugada.
Era pra ter tudo,acabo sem nada.
Era pra beber,acabo por enlouquecer.
 

Naquele domingo,sentei,em frente à máquina de escrever,comecei soltando o verbo,em tudo
que era tempo verbal,percebi,percebo e perceberei,nada de absoluto nessas linhas,o tanto "era" que
foi citado acima,me acabou,me dilacerou,qualquer pensamento racional,normal.


É pra ser assim,e não é.
É pra olhar estrelas,olho pro chão.
É pra olhar a festa,olho pro balcão.
É pra ser menos depressivo,não consigo.
É pra buscar razão,não acho nenhuma solução.
É pra trocar palavras,troco por nada.

Sai daquela sala,o mais rápido possível,abandonei o que estava escrevendo,corri,corri,subi escadas,escalei
duas,três montanhas,e não tive coragem de olhar para trás,mas me esqueci,que só deixei o papel,os pensamentos
me acompanharam,a agonia de outrora,me serviu um copo de água bem gelada,direto do poço de minha alma.


Me encontrei em mim,por que era pra ser assim,
Me esqueci,me lembrei,me fiz de pouco.
Brinquei de ser normal,levei à sério ser louco.
Era ou é,foi ou vai,ontem ou hoje.
Temos,teremos,nos perpetuaremos,
Sem buscar,se animar,ou relaxar,
firme,forte,com azar,com sorte.

Sem nada para se fazer,é incrível como a mente,nos transforma,e nos faz expelir cada reflexão,confesso,que todo domingo
é assim,essa mania de escrever algo,já que não sou exposto ao esforço físico nessa dia,reservo um tempo para exercitar minha insanidade literária.
Mas que bobagem,com bagagem,toda essa loucuragem,misturo algo rimado,com texto descompassado.
Por hoje chega,fiquem com esses três pontos...

domingo, 21 de setembro de 2014

Nem...

Nem um riso,nem um choro,
nem muito,nem pouco.
Nem nada,nem tudo,nem talvez
Nem dia,nem semana,nem mês.

Viver é essa mania de querer,nunca ter noção do que podemos,conforme crescemos,vamos podando os sonhos da árvore chamada vida,fazendo merda,adubando,e nem sempre iremos comer o fruto,varrer as folhas,perdemos muito tempo em não aceitar o que temos em mãos,não fazemos absolutamente nada,para transmutar,abraçar um novo plano,uma nova jornada,queremos porquê queremos e ponto.
Gastar energia,tempo em objetivos traçados na areia,que o vento apaga,esquecemos da lógica,da razão,desde sempre ouvimos e absorvemos que temos que lutar para realizar nossos sonhos,procurar por dias melhores,quando a solução está embaixo de nossos olhos o tempo todo.

O cúmulo da teimosia:Falar sozinho e não se ouvir.

Cada hábito que trago comigo,
É um desânimo amigo,um vício antigo.
Um violão sem corda,que não acorda ninguém.
Um gole de água,uma respiração profunda
Uma semana sem segunda.

Já sei que posso sofrer,perder,retroceder.

 
Vivemos tempos difíceis,pessoas entraram numa disputa pra ver quem tem o maior problema,e cada um defendendo o seu.
Perder tempo valorizando a fase ruim ou ganhar tempo achando uma solução,dá nisso,não termos a opção "todas as alternativas,citadas acima",sim e não,esquecemos do poder de um talvez.
Se for pra opinar,opine na sua vida,quem sabe pode ajudar alguém com mais utilidade.
Se for pra criticar,critique você mesmo,quem sabe,o que te incomoda nos outros,era um ponto de vista errado que se tinha.
Se for pra mandar alguém à merda,mande você mesmo,assim pensará bem antes de proferir tal sentença...