domingo, 5 de outubro de 2014

É e Era...

Era pra sorrir,acabo chorando.
Era pra escrever,acabo apagando.
Era pra comer,acabo dormindo.
Era pra dormir,acabo acordado.
Era pra curtir o dia,acabo abraçando a madrugada.
Era pra ter tudo,acabo sem nada.
Era pra beber,acabo por enlouquecer.
 

Naquele domingo,sentei,em frente à máquina de escrever,comecei soltando o verbo,em tudo
que era tempo verbal,percebi,percebo e perceberei,nada de absoluto nessas linhas,o tanto "era" que
foi citado acima,me acabou,me dilacerou,qualquer pensamento racional,normal.


É pra ser assim,e não é.
É pra olhar estrelas,olho pro chão.
É pra olhar a festa,olho pro balcão.
É pra ser menos depressivo,não consigo.
É pra buscar razão,não acho nenhuma solução.
É pra trocar palavras,troco por nada.

Sai daquela sala,o mais rápido possível,abandonei o que estava escrevendo,corri,corri,subi escadas,escalei
duas,três montanhas,e não tive coragem de olhar para trás,mas me esqueci,que só deixei o papel,os pensamentos
me acompanharam,a agonia de outrora,me serviu um copo de água bem gelada,direto do poço de minha alma.


Me encontrei em mim,por que era pra ser assim,
Me esqueci,me lembrei,me fiz de pouco.
Brinquei de ser normal,levei à sério ser louco.
Era ou é,foi ou vai,ontem ou hoje.
Temos,teremos,nos perpetuaremos,
Sem buscar,se animar,ou relaxar,
firme,forte,com azar,com sorte.

Sem nada para se fazer,é incrível como a mente,nos transforma,e nos faz expelir cada reflexão,confesso,que todo domingo
é assim,essa mania de escrever algo,já que não sou exposto ao esforço físico nessa dia,reservo um tempo para exercitar minha insanidade literária.
Mas que bobagem,com bagagem,toda essa loucuragem,misturo algo rimado,com texto descompassado.
Por hoje chega,fiquem com esses três pontos...

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