domingo, 25 de maio de 2014

De gole em gole,de verso em verso,a trilha sonora é algo que me faz suspirar.
Ali isolado emocionalmente,me joguei nesse bar,usando o balcão como trincheira,procurando por nada,e achando todas respostas,sem ter feito pergunta alguma,a noite continua seu curso,aliás junto dela,minha vida,ouvir e ouvir,fazer uma piada aqui,a teimosia pela rotina,sempre foi o pior de meus vícios.
Esperar é o verbo que todo boêmio conhece, e conjuga por inúmeras vezes,ser tachado de imprestável e peso para a sociedade é inevitável,é uma sina,mas essa tal sociedade,nunca me pagou uma cerveja,e tirou um tempo para jogar conversa fora comigo,então que vá a merda.
Planejar uma noite,pensar numa bebedeira,jamais,ela se intensifica,se solidifica,até mesmo é a única coisa certa que se tem,beber,lavar a alma,que tanto se suja com falsidades,falta de ética,palavras não cumpridas,em nosso cotidiano,segue sendo meu rito de purificação preferido.
Amargo da cerveja pra combinar com a amargura da solidão,sim,o bêbado é um apaixonado fracassado,que pobre alma,não conheceu o amor verdadeiro e a cada garrafa,busca resolver sua equação.
O nível de embriaguez vai aumentando,e com ele,minhas promessas,umas quebradas,outras levadas à sério,vem me fazer companhia,metas,objetivos,deixados de lado,me entrego,não resisto,se chega num estado lastimável por fora,mas dentro de mim os festejos por alcançar tal resultado,verdades,mentiras,incertezas misturadas grosseiramente num liquidificador emocional.
O domingo é o pior de todos os vilões,me faz comer lamentações,com o pão amassado da angústia,por não conseguir sair,se livrar disso...

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