quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O Trovador



Em tempos áureos, trovador era um errante de violão, 
que em noites de lua, entoava a uma donzela, sua singela canção.
Uma melancólica e insistente serenata, triste, ingrata
Como uma mosca zangada num pote de nata.

No tempo que 'Trovador' era marca de violão,
palheta era unha, e microfone era o gogó.
Vomitando versos de amor e paixão,
Mesmo que não compunha suas próprias canções, nem em Dó.

O Trovador de hoje não toca e nem canta,
E mesmo assim, as moças de frágil índole ele encanta
E saber que nem um respingo de poesia sua boca emana,
Mas basta qualquer palavra ao vento para levá-la para cama.



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